Especialistas afirmam que o treinamento efetivo para funcionários é a principal forma de prevenção de acidentes, mais que isso, que a maior parte dos acidentes poderia ser evitada se todos os cuidados fossem tomados. “Vemos acidentes de trabalho todos os dias, e eles resultam em afastamento, ferimentos mais simples, e até em morte, como aconteceu a nove operários na Bahia em 16 de agosto”, afirma Gregório Serrano, especialista em Segurança no Trabalho. De acordo com ele, questões como falta de manutenção, fiscalização e possível negligência da parte das empresas com os locais de trabalho são os desafios que precisam ser levados em conta pelas empresas para que haja redução de acidentes.
“Acidentes de trabalho graves não acontecem apenas em canteiros de obras, e não deveríamos esperar acontecer uma fatalidade dessas para discutir segurança e fazer treinamento com funcionários de todos os níveis e setores”, diz o especialista, continuando: “Acidentes dentro de escritórios também podem ser graves. Pessoas caindo por conta de um piso sem manutenção ou escorregadio. Cortes com instrumentos pontiagudos, lesões por batidas etc. são muito comuns. Mas não chamam a atenção porque, muitas vezes, não acontece nada de muito grave. Mas isso pode se agravar e provocar, no melhor dos casos, um afastamento do empregado, quando seria melhor tentar prevenir o acidente”.
Para Joaquim Barbosa Sobrinho, engenheiro e especialista em Segurança no Trabalho, há uma responsabilidade compartilhada entre trabalhador e empresa, sendo que a última deveria zelar pela integridade do funcionário, e se não o faz é autora do acidente por não cumprir normas básicas. "Vemos todos os dias empresas que investem em tecnologias de última geração para lucrar com seus negócios, mas que deixam a desejar nas questões relacionadas às relações de trabalho em modo geral e em segurança particularmente", afirma.
De acordo com o INSS, em 2009 foram quase 724 mil acidentes de trabalho registrados no País, incluindo nesse total a soma de acidentes de trajeto, típicas e doenças adquiridas no exercício do trabalho, sendo que 2.496 destes acidentes foram fatais.
Do total de acidentados, 77,1% são homens e 22,9% mulheres. E as estatísticas confirmam que pessoas jovens são as mais suscetíveis. Os registros mostraram que o maior volume de acidentes está na faixa etária dos 20 aos 29 anos. Quanto às doenças de trabalho, o maior percentual está entre trabalhadores de 30 a 39 anos.
Proteções coletivas, dimensionamento de instalações elétricas, proteções contra quedas e deslizamentos em áreas com risco de soterramento precisam ser pontos efetivos de treinamento dos trabalhadores, segundo o Gregório Serrano. "As pessoas precisam ser treinadas, porque elas estão vindo de outros setores, de empresas com perfis diferentes, da informalidade, ou estão em seu primeiro emprego e não nasceram sabendo como evitar acidentes nesta ou naquela empresa", diz.
“No caso da Bahia, onde, só neste ano de 2011, já há registros de 18 mortes por acidentes de trabalho, traz à tona a questão da falta de manutenção. Aquela obra, do mesmo modo como tantas obras e empresas, deveria ser vistoriada constantemente por pessoal especializado", continua Gregório, afirmando que o crescimento da população economicamente ativa tornou a equipe de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego insuficiente. “Há uma falta de fiscais para cobrir todos os pontos que precisam de fiscalização”, afirma o especialista.
De acordo com a Lei 9.032, de 1995, o valor recolhido mensalmente pelos empregadores ao INSS varia conforme o número de acidentes ocorridos na empresa. As atividades consideradas de risco leve recolhem 1% sobre o valor da folha de pagamento, enquanto o valor fica em 2% para risco médio e 3% para as consideradas de risco grave. A remuneração é para custear o empregado acidentado.
De janeiro a junho de 2011, 923 trabalhadores sofreram acidentes de trabalho, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Ainda neste levantamento, cerca de 35 mil estabelecimentos de diversos setores – entre os quais construção civil, comércios, instituições financeiras, transporte e outros – foram autuados.
A indústria nacional, setor econômico com cerca de 400 acidentes fatais este ano (segundo o Sistema Federal de Inspeção do Trabalho), poderá ter programa de segurança no trabalho, após pressão de sindicalistas sobre a melhoria das condições de trabalho.
“É importante dar condições para o aumento da produção, como pretende o governo, os setores produtivos etc., mas isso deve vir acompanhado de medidas preventivas que garantam condições adequadas para os trabalhadores, mais que isso, o tempo que se gasta em prevenção vai economizar muitos milhões em absenteísmo e perda de produtividade”, conclui Gregório Serrano.
Escrito por Rita Palladino“Acidentes de trabalho graves não acontecem apenas em canteiros de obras, e não deveríamos esperar acontecer uma fatalidade dessas para discutir segurança e fazer treinamento com funcionários de todos os níveis e setores”, diz o especialista, continuando: “Acidentes dentro de escritórios também podem ser graves. Pessoas caindo por conta de um piso sem manutenção ou escorregadio. Cortes com instrumentos pontiagudos, lesões por batidas etc. são muito comuns. Mas não chamam a atenção porque, muitas vezes, não acontece nada de muito grave. Mas isso pode se agravar e provocar, no melhor dos casos, um afastamento do empregado, quando seria melhor tentar prevenir o acidente”.
Para Joaquim Barbosa Sobrinho, engenheiro e especialista em Segurança no Trabalho, há uma responsabilidade compartilhada entre trabalhador e empresa, sendo que a última deveria zelar pela integridade do funcionário, e se não o faz é autora do acidente por não cumprir normas básicas. "Vemos todos os dias empresas que investem em tecnologias de última geração para lucrar com seus negócios, mas que deixam a desejar nas questões relacionadas às relações de trabalho em modo geral e em segurança particularmente", afirma.
De acordo com o INSS, em 2009 foram quase 724 mil acidentes de trabalho registrados no País, incluindo nesse total a soma de acidentes de trajeto, típicas e doenças adquiridas no exercício do trabalho, sendo que 2.496 destes acidentes foram fatais.
Do total de acidentados, 77,1% são homens e 22,9% mulheres. E as estatísticas confirmam que pessoas jovens são as mais suscetíveis. Os registros mostraram que o maior volume de acidentes está na faixa etária dos 20 aos 29 anos. Quanto às doenças de trabalho, o maior percentual está entre trabalhadores de 30 a 39 anos.
Proteções coletivas, dimensionamento de instalações elétricas, proteções contra quedas e deslizamentos em áreas com risco de soterramento precisam ser pontos efetivos de treinamento dos trabalhadores, segundo o Gregório Serrano. "As pessoas precisam ser treinadas, porque elas estão vindo de outros setores, de empresas com perfis diferentes, da informalidade, ou estão em seu primeiro emprego e não nasceram sabendo como evitar acidentes nesta ou naquela empresa", diz.
“No caso da Bahia, onde, só neste ano de 2011, já há registros de 18 mortes por acidentes de trabalho, traz à tona a questão da falta de manutenção. Aquela obra, do mesmo modo como tantas obras e empresas, deveria ser vistoriada constantemente por pessoal especializado", continua Gregório, afirmando que o crescimento da população economicamente ativa tornou a equipe de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego insuficiente. “Há uma falta de fiscais para cobrir todos os pontos que precisam de fiscalização”, afirma o especialista.
De acordo com a Lei 9.032, de 1995, o valor recolhido mensalmente pelos empregadores ao INSS varia conforme o número de acidentes ocorridos na empresa. As atividades consideradas de risco leve recolhem 1% sobre o valor da folha de pagamento, enquanto o valor fica em 2% para risco médio e 3% para as consideradas de risco grave. A remuneração é para custear o empregado acidentado.
De janeiro a junho de 2011, 923 trabalhadores sofreram acidentes de trabalho, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Ainda neste levantamento, cerca de 35 mil estabelecimentos de diversos setores – entre os quais construção civil, comércios, instituições financeiras, transporte e outros – foram autuados.
A indústria nacional, setor econômico com cerca de 400 acidentes fatais este ano (segundo o Sistema Federal de Inspeção do Trabalho), poderá ter programa de segurança no trabalho, após pressão de sindicalistas sobre a melhoria das condições de trabalho.
“É importante dar condições para o aumento da produção, como pretende o governo, os setores produtivos etc., mas isso deve vir acompanhado de medidas preventivas que garantam condições adequadas para os trabalhadores, mais que isso, o tempo que se gasta em prevenção vai economizar muitos milhões em absenteísmo e perda de produtividade”, conclui Gregório Serrano.
Fonte: Site Você Com Mais Tempo